terça-feira, 3 de abril de 2018

Mostrar mais do que ser

Vivemos em tempos em que todas as novas experiências são intermediadas ou mediadas por aparelhos tecnológicos, de fato a crescente expansão dos centros urbanos acelerou esse processo de revolução digital. Não vivemos sem compartilhar, sem curtir , sem dar likes, só fazemos se publicamos , porém tudo seria perfeito se essa dimensão telemática não tivesse efeitos colaterais. Recentemente a Universidade de Michigan, localizada nos Estados Unidos divulgou estudos feitos por diferentes instituições, que demostram de que forma as redes sociais impacta a conduta dos seres humanos, e certamente percebemos esses impactos, seja nas relações interpessoais, que atualmente sempre estão associadas ao grande número de amigos e seguidores, seja pela necessidade de mostrar que está bem, que está feliz, que está na praia, no museu, do outro lado do país, estamos tão conectados com nossos aparelhos, que não conseguimos nos conectar com que está a nossa volta. Sabemos que a conexão social é uma necessidade humana, e a maioria dos usuários desse mundo busca essa conexão, essa interação no mundo virtual, porém sabemos também que no mundo virtual não encontramos somente isso, existe de tudo, entretenimento, relaxamento, meios que facilitam a vida moderna. Só é preciso entender que esse mundo é inexistente, apenas uma representação, e que apesar de fazer referência à realidade não é real. Quando não se entende esse mundo, existe uma grande possibilidade do individuo se tornar deprimido, exigente, cheio de neuroses desenvolvidas pelos estereótipos que ele mesmo criou em seu imaginário, do que é ser feliz. Não alcançado essa tal felicidade se fecham para a vida real.