segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Por que é tão difícil ser “Eu”

Materializei os medos dos outros pra que não fosse o meu. Finalizei o que previa dor, sem a certeza do que estava fazendo. Perdi ou ganhei oportunidades por acreditar em verdades subjetivas. Subestimei pessoas quando acreditava que não eram capazes de me fazer feliz. Fiz minha história à base de lembranças tristes de superação e sofrimento. Depositei minha fonte de inspiração em mulheres que não foi e nem são vistas como vitoriosas. Dei pouco de mim a quem merecia por ter dado muito de mim a quem não merecia. Não dei segunda chance para quem talvez fosse fazer diferente. Exigi demais dos outros, quando talvez não tenha dado o melhor de mim. Falei, nos momentos em que devia me calar e observar. E observei quando deveria agir, falar e me posicionar. Errei, mais errei feio muitas vezes. Julguei quem não merecia. E deixei de acolher quem merecia. Hoje só posso dizer como é difícil ser eu. Priscila Sabrina

A corrupção tá envolvida

Com a ousadia de sempre hoje quero que o leitor questione- se, indigne-se sobre o que vou escrever, não será fácil produzir esse texto, e posso afirmar de antemão que posso ser mais uma vez inconveniente, indireta. Mas ora, acho que esse é o lugar certo pra eu ser o que quiser ser, e falar sobre o quiser, sem medo de julgamentos, olhares indiferentes e bocas tortas. Ao menos aqui estou livre disso. Depois que voltei ao Brasil dessa última viagem fiquei um pouco assustada, felizmente ou talvez infelizmente, voltei a assistir o jornal, e como toda pessoa assustadoramente sensível que sofre e chora com tudo que vê principalmente porque passei a entender que a causa da maioria das mazelas do nosso país, é a corrupção. Calma que já vou explicar porque penso assim.
Já observou que tudo de desgraça que acontece no nosso país, a politica corrupta da maioria dos nossos representantes tá sempre envolvida? Pois é, posso até estar sendo extremista, mas entenda que isso é uma bola de neve. Tá tudo sempre relacionado, quando você vai à escola e sua escola tá fechada porque não foi limpa ou não tem merenda à corrupção tá envolvida, se você tem alguns anos sem emprego e tá estressado, deprimido e tomando remédio para ansiedade à corrupção tá envolvida, e se você precisou de atendimento no Sus e não foi atendido ou voltou pra casa pior do que quando foi a corrupção tá envolvida. Seja direta ou indiretamente a corrupção tá envolvida nas coisas ruins que acontece em nosso país. Não o bastante me pego lembrando que os causadores de todas essas desgraças são pagos, eles recebem para destruir a vida principalmente, dos menos afortunados. Meu povo um parlamentar no Brasil recebe em média 97.000,00 por mês, pode ter 25 funcionários trabalhando para ele, recebe ajuda de custo se vacilar até pra ir ao banheiro. Dentre essas regalias o que me deixa mais revoltada é o reembolso de passagens aéreas e frete de jatinhos, o auxilio moradia, auxilio alimentação. Auxilio para o combustível seria desnecessários para cargos de parlamentares simplesmente porque eles ganham bem o suficiente para pagar pela sua própria gasolina com o que recebe , mais até isso eles tem auxilio. Já na Dinamarca um país separado a 9669 km do Brasil os políticos tem direito a três funcionários, recebe em faixa de 2800,00 reais para gastos com reuniões e despesas com a equipe, e seu beneficio mais questionado pela população é o seu direito a usar o transporte público sem pagar. E eles usam muito já que é 0800. A grande diferença entre esses dois países está principalmente na mentalidade das pessoas, os dinamarqueses sabem quem escolher para representa-los, entende que se pagam seus impostos tem direito de reclamar, questionar e querer representantes sempre melhores. Controlam, acompanham e monitoram cada passo dos seus representantes. E eles possuem um canal direto para denunciar abuso de poder... Bom quem sabe a Dinamarca não seja a inspiração que o povo Brasileiro precisa para abrir os olhos.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

O direito e o dever de educar

Pensar sobre o direito à educação me fez questionar muito as leis do nosso país, e com base em tudo que estudei, acabei repensando sobre o papel da escola, nessa linha de pensamento achei difícil separar a escola desse direito a educação, mas tentei de fato afunilar ao máximo o que penso sobre o direito a educação e o dever de educar. Sabemos que o desencanto com a escola se da pelos muitos processos de mudanças dos setores, econômico, político e social, esse conjunto de mudanças afetou profundamente nossa perspectiva de futuro, estamos cada vez mais nos adequando ao que o mercado nos impõe. Particularmente sempre imaginei a educação como passagem pra uma vida melhor, possiblidade de um emprego melhor e sucessivamente de uma remuneração melhor, porém nessa conjuntura em que prevalecem as incertezas não sei se devo fazer planos para o futuro, já que não tenho confiança com o curso dos acontecimentos. Este texto busca abordar o Direito à Educação e do dever de educar, e partiremos tanto da Constituição quanto da LDB para guiarmo-nos. A educar e ser educado faz parte da natureza humana, é o que nos diferencia das outras espécies, ensinar e aprender nos permitiu ser o que somos hoje e o sucesso da evolução da nossa espécie também dependeu muito desse processo. A educação é parte de um conjunto de direitos, dito como direitos sociais, que tem como fundamento a igualdade entre as pessoas. No Brasil esse direito só foi reconhecido em 1988, e antes o Estado não tinha obrigação formal de garantir a educação de qualidade a todos os brasileiros. Nessa época o ensino era tratado como uma assistência ou amparo dado aqueles que não podiam pagar. “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” Constituição Federal de 1988, artigo 205 Além da Constituição temos ainda leis que complementam a do direito a Educação: o Estatuto da criança e do Adolescente (ECA), de 1990; e a Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB), de 1996. Juntos, estes mecanismos abrem as portas da escola pública fundamental a todos os brasileiros, já que nenhuma criança, jovem ou adulto pode deixar de estudar por falta de vaga. É direito da criança e do adolescente: • Ter acesso á escola pública e gratuita próxima de sua residência; • Ser respeitado por seus educadores; • Ter igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; • Direito de contestar os critérios de avaliação, podendo recorrer ás instâncias escolares superiores. É dever do Estado assegurar á criança e ao adolescente: • Ensino fundamental (da 1° á 8° serie), obrigatória e gratuita, inclusive para os que a ele não tiveram acesso da idade própria; • Ampliar gradativamente a oferta do ensino médio (colegial); atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência (de preferência na rede regular de ensino); • Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade; • Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística; • Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador; • Atendimento no ensino fundamental, através de programas que garantam material didático-escolar, • Transporte, alimentação e assistência à saúde. Caso a garantia do ensino público obrigatório e oferecido de maneira regular seja descumprida, o Poder Público pode ser responsabilizado (artigo 209, §2º da Constituição Federal), e o chefe do executivo (prefeito, governador) pode até mesmo ser deposto. A finalidade da educação é possibilitar o desenvolvimento da pessoa, a sua qualificação para o trabalho e seu preparo para o exercício da cidadania. A Constituição Federal prevê o direito a educação como também princípios a serem seguidos com intuito de garantir um padrão de qualidade. Notemos que apesar do direito ser assegurado por lei este ainda precisa de muitas intervenções sociais e do poder público na busca de medidas que assegure plenamente essa educação e que também seja de qualidade. Vemos crianças em idade escolar que não coincidem com o que sabem adolescentes que não sabem fazer cálculos simples e interpretações de texto estes muitas das vezes sem perspectiva de um futuro profissional, sem planos, sem sonhos, maior parte da população brasileira tem o ensino público como único meio de educação formal, ou seja, educação oferecida pelo Estado que está muito longe de cumprir com os objetivos da educação que são: Art. 3o O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância; V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; O Estado não oferece uma educação de qualidade e talvez seja essa a intenção, pois a educação permitiria que o sujeito compreendesse melhor seu papel na sociedade e participaria mais ativamente na busca dos seus direitos. A pergunta é: quais obstáculos impedem que o direito a educação de qualidade saia do papel? Noto que a baixa qualidade é evidente no ensino público, pois estudei em escola pública e trabalho em escola pública então posso garantir que vivo esse dilema todos os dias. A democratização da educação de fato conseguiu assegurar e levar o ensino médio a um número considerável de pessoas de todas as camadas sociais, porém não adianta lotar as escolas de alunos sem recursos para manter esses alunos em sala, empenhados e motivados a aprender. São vários os motivos que não garantem que essa educação seja oferecida com qualidade alguns exemplos é a má gestão escolar, a falta de qualificação, a baixa remuneração dos professores dessa categoria, falta de recurso financeiro, e apoio das autoridades. Analisando nossa carta magna que nos traz duas expressões carregadas de sentido, Direitos e garantias fundamentais, apensar dessas palavras se parecerem não possuem o mesmo sentido, os direitos são declaratórios, já as garantias são assecuratórias. Segundo Araújo ( 2001, p.81). Enquanto os direitos teriam por nota de destaque o caráter declaratório ou enunciativo, as garantias estariam marcadas pelo seu caráter instrumental, vale dizer, seriam os meios voltados para a obtenção ou reparação dos Direitos violados. Rui Barbosa fez uma distinção entre direito e garantia que separou disposições legis e meramente declaratórias, que reconhece a existência do direito, e as assecuratórias, que em defesa dos direitos, limitam o poder. Ele também diz que na própria constituição ocorre a união da garantia com a declaração do direito, ou seja, no mesmo dispositivo coexistem direitos e garantias como sendo a mesma coisa. Miranda (1990) apud Moraes (2005, p. 29) prescreve diferenciação entre os direitos e garantias. Os direitos representam só por si certos bens, as garantias destinam-se a assegurar a fruição desses bens; os direitos são principais, as garantias acessórias e, muitas delas, adjetivas; os direitos permitem a realização das pessoas e inserem-se direta imediatamente, por isso, as respectivas esferas jurídicas, as garantias só nelas se projetam pelo nexo que possuem com os direitos; na acepção jusracionalista inicial, os direitos declaram-se, as garantias estabelecem-se. Os direitos fundamentais são para proteger a pessoa humana em todas as áreas, desde a sua liberdade até as necessidades comuns, e também os interesses de todos. A educação é essencial à vida e essencial para o desenvolvimento da pessoa humana e é instrumento para que se possa exercer cidadania. É uma garantia fundamental desse modo também está ligada a dignidade da pessoa que é a essência do ordenamento constitucional e direito individual. Frequentemente nos deparamos com expressões “direitos humanos”, direitos naturais, direitos dos homens, direitos subjetivos públicos, direitos individuais, entretanto Muniz ( 2002) apud Silva (2006, p.28) . Os direitos fundamentais são os direitos do ser humano, reconhecidos e positivados na esfera do direito constitucional de determinado estado, enquanto direitos humanos têm relação com o direito internacional, pois se referem ao ser humano como tal, independente de sua vinculação com uma determinada ordem constitucional, sendo válidos para todos os homens em todos os tempos e lugares, revelando um caráter supranacional. A autora acima simplesmente afirma que o direito a educação é um direito fundamental, é um direito da personalidade e é também um direito natural no sentido que exprime uma ordem que está da essência da natureza humana. Art. 208, parágrafo 1º “o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo”. Ainda, na lei de Diretrizes e Bases está disposto:O acesso ao ensino fundamental direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda, o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo”. O direito subjetivo privado é o entendimento pacífico que a educação é um direito social público subjetivo, que deve mantido através de politicas sociais básicas por estar estritamente relacionado aos fundamentos da Constituição Federal, como também os objetivos primordiais e permanentes do Estado Democrático de Direito. O ponto fundamental nesses conceitos sobre a educação que a Constituição nos trás é que a educação é essencial, e indispensável para plenitude humana, porém mesmo ela sendo amparada na legislação, está longe de ser justa, tanto por questões históricas sociais, quanto pela falta de renovação. São vários os fatores que influenciaram o direito á educação, á economia, a cultura, a sociedade e a organização do poder são alguns desses influenciadores. A escola infelizmente continua sendo excludente e é visível a incapacidade histórica dos governantes em atender as reais necessidades e exigências da sociedade com relação à educação, muitos direitos não saem do papel. A expansão do sistema através de medidas não planejadas com cautela resultou na crescente perda da qualidade do ensino público, com a despreocupação com a qualificação dos professores, a redução do número de matérias. Notemos que a Lei de Diretrizes e bases da Educação foi mais criado com no intuito de atender os interesse da ordem politica e econômica do que os interesses sociais emergentes. Atualmente, a falta de qualidade no ensino público é o problema mais emergente, já que não há falta de vagas nas escolas. Entretanto quem dispõe de recursos financeiros recorre ao ensino privado, limitando o sentido da democratização que o ensino público deveria exercer. Conclui-se que os problemas atuais vividos pela educação brasileira, não são tão atuais, e sim decorrentes de um processo histórico, no qual o direito a educação jamais foi o objetivo dos governantes.

Os dilemas da educação pública do Brasil

Entender o papel do Estado nesse momento de valorização do capital é crucial para saber a quem apontar o dedo, nesse momento politico em que nosso país está imerso é fundamental também entender alguns posicionamentos como do Professor Yyoma que nos traz em “A morte da educação escolar pública”, que o estado é o núcleo material da forma política capitalista, o que Yyoma quis dizer com essa afirmação? Em simples palavras, que o estado garanti a continuidade da acumulação e reprodução do capital. Chocado? Eu fiquei! Nesse contexto a educação se ver inserida em tempos de crise do capitalismo, o Estado redefine seu papel, diminui a execução de politicas sócias. Evaldo Vieira (1997) analisa que em nosso país, vivemos em tempos de “politica social sem direitos”, que se iniciou em 1988 e está em plena vigência até os dias atuais. No século XX, precisamente após a Segunda Guerra Mundial, a crise foi amenizada com a aplicação de grandes volumes de recursos públicos para reconstruir os países devastados de forma direta e indireta, de modo que se criaram muitas oportunidades e que foram apoiadas pelo Estado, que sucessivamente solucionou dois problemas de uma única vez: garantir o lucro do capital e recuperar a sociedade, incluindo programas de assistência social e de atendimento público (Educação, previdência social, saúde e reformas trabalhistas ) , este sistema denominou-se Estado de Bem- Estar Social. Porém como Karl Marx previu o capital sempre produzirá crises financeiras. Na década de 1960 a 1970 surgiu uma nova crise que viu como Obstáculo para acumulação do capital o tamanho atingido do Bem Estar Social. As novas oportunidades que deveriam ser criadas acabaram sendo incompatíveis com os interesses desse novo “Estado”. O Brasil no plano internacional nessa época e nessa lógica de reprodução do capital via que o Estado do Bem estar era visto como “menos pobre”, porém nunca atingiria o patamar dos países europeus ocidentais e do Japão. Contudo o declínio causaria mais impactos sociais sobre a população inclusive o Brasil. No inicio de 1990, o Estado volta a se readequar aos interesses do capitalismo mundial, durante o governo FHC (1995-98) houve a Reforma do Estado que se apresentava como uma necessidade econômica, para maior integração do Brasil ao comercio internacional e o capital estrangeiro. Os serviços de empresas de interesse público, e as politicas sócias tornam- se grandes oportunidades de negócio. Observamos por exemplo que o pensamento neoliberal, expressa a necessidade de se fazer um Serviço do estado mais eficiente, principalmente quando se trata de gastos públicos, o discurso de cobrar mais impostos para investir em algum bem estar social se mostra mais antigo do que imaginávamos e mais do nunca temos exemplos de como essa justificativa não funciona em nosso país. O que ocorre, porém está bem longe desse discurso, as politicas sócias cada vez mais perdem seu espaço, intuito transferir para esfera do capital privado o acesso aos fundos públicos que em outros tempos eram aplicados nessas politicas. Desse modo á uma redução dos direitos sociais é o que acontece com a educação pública no Brasil. A lógica é reduzir cada vez mais os gastos públicos, sucateando as escolas publicas do nosso país até chegar ao jogo do processo de privatização. Com o neoliberalismo busca-se construir um “Estado máximo para o capital”. (SANFELICE, 2000, p. 153). A educação pública do Brasil está sendo severamente castigada por esses interesses do capital. Os organismos financeiros internacionais são porta voz e (ditam as regras do jogo), usam a mídia para disseminar a ideia de que precisa REFORMAR, são impostas medidas, diretrizes e estratégias tudo para atender aos interesses do capital, que só atende aos interesses de um grupo específico.

Pensamento de uma imigrante

Já faz algum tempo que venho pesquisando, lendo em revistas, blogges, e assistindo depoimentos no youtuber de brasileiros que moram fora do país, de fato apenas visitar um país na Europa , já faz nossas cabeças girar, é muito exuberância, organização, e o nosso patriotismo a partir daí pode ser questionado. O motivo pelo qual faço essa afirmação é o resultado de muitas perguntas, acredite, antes de dizer que o patriotismo dos brasileiros que tiveram oportunidade de visitar alguns países da Europa pode ser questionado, falo principalmente sobre as frases que escuto desses brasileiros, e até de mim. Nessa “pesquisa”, pela forma como pensa os brasileiros imigrantes, é quase que inevitável não comparar, eu mesma faço isso constantemente, sou apaixonada pelo meu país, mas tenho vergonha de certo modo da nossa história, de alguns hábitos do meu povo, da corrupção que torna nosso país popular em todo o mundo, tenho vergonha de dizer que existe racismo, homofobia, que muitas mulheres são vitimas constantemente de violência, tenho vergonha dessa hegemonia burguesa que administra pessimamente nosso país e que só pensa em si. È muito difícil viver em uma sociedade com valores diferentes, claro que digo isso do meu ponto de vista, sou aquela que faz parte da classe média Baixa, não tive a oportunidade de ver o Brasil de outro ponto de vista, andei pelas favelas de alguns estados, morei e trabalhei em bairros bem pobres da Bahia, então escrevo a partir desse lugar em que conheço bem. A pesar de não querer generalizar, pois tive a oportunidade de conhecer alguns que nasceram em “berço de ouro”, noto que até essas pessoas percebem que os problemas do Brasil vai muito além da politica e economia, mas que acaba se conectando em algum ponto da história. Morando fora do país fica mais que evidente que o sonho do cidadão brasileiro, seja ele de classe média ou alta é que o Brasil seja um país melhor, e que essas mudanças só aconteceram a partir de mudanças politicas ou uma reforma. Para eles a mudança tem que acontecer de cima para baixo. Porém é muito comum ver e escutar esses brasileiros criticarem principalmente algumas politicas públicas do Brasil, politicas que muitas vezes esses mesmo Brasileiros lutam pra conquistar quando moram fora do país, principalmente o bolsa família do qual escuto cada asneiras que não quero nem entrar em detalhes para não ser dedo duro! Na Europa, e nos países com melhor qualidade de vida um dos critérios mais importantes para se avaliar o desenvolvimento do país é a distribuição de renda, os países com maior sucesso econômico são aqueles que tem maiores plenos de distribuição de renda, ou seja igualdade e satisfação com a vida, as pessoas tem que estar satisfeitas e felizes, ganhando bem, trabalhando o suficiente, com tempo e dinheiro no bolso para lazer, será que estou sendo clara? Politicas como a bolsa família é importantíssimo para as famílias pobres no nosso país e para que de certo modo seja garantido essa distribuição de renda, é indispensável para quem necessita, e sinceramente acho pouco o valor. Enquanto alguns brasileiro foca suas energias em compartilhar mentiras no facebook, espalhar discórdia, brigar por causa de futebol, agredir pessoas porque não pensam iguais, muitos países da Europa avançam em debates realmente relevantes. Na Europa, pelo menos na Dinamarca meu amor, as pessoas são valorizadas de forma igual, a moça da limpeza tem o mesmo valor que o advogado, as pessoas escolhem suas profissões de acordo suas paixões e não pelo salário. Existe diferença social pois acho que no mundo globalizado é quase impossível não ter, mais é muito muito muito muito menor que no Brasil. A educação aqui é quase que inteiramente gratuita, mas não é preciso ter diploma de nível superior para ter um bom emprego é uma boa vida, aqui não tem escravos, cada um cuida da sua vida, usar bicicleta não sinônimo de não ter onde cair morto, tanto a (empresária) quanto o garçom podem ser encontrados nas ciclovias. É Quase perfeito , se não tivesse problemas com refugiados e imigrantes ilegais assunto o qual não tenho ainda total entendimento mais que em breve devo escrever algo, no total encerro apenas dizendo aqui que perdi uma grande parcela do meu patriotismo no momento que entendi o pensamento europeu. http://cursosgratuitoscertificado.com/